22 de abril de 2015

Tokyo Ghoul vol.1 | Crítica

Em Tóquio espreita-se um novo tipo de desespero



O mangá de Sui Ishida começa muito bem, nos apresentando um incomum protagonista e um ainda mais incomum problema de forma direta e sem rodeios.
O protagonista, Kaneki Ken, um amante de literatura "incompreensiva".
O problema são os brutais assassinatos causados por criaturas chamadas pela mídia de ghoul, embora nem todo mundo acredite nisso. Em meio à ceticismo e incógnitas por parte dos personagens, sabemos que o perigo é real e só uma questão para que eles saibam também.

A história começa a andar após o inevitável encontro de Kaneki com um ghoul. Após quase ter morrido, Kaneki acorda em um hospital e descobre que precisou fazer um transplante de órgãos. O que ele não sabia é que órgãos eram a da mesma criatura que o atacou noite passada: um ghoul, e é à partir daí que a história começa a andar. 
O protagonista descobre que, por culpa do transplante que salvou sua vida, já não é mais um humano, embora também não seja um ghoul como como os outros.

Vemos as mudanças tanto psicológicas quanto fisiológicas que o protagonista sofre, muito bem trabalhadas pelo autor Sui Ishida e cheio de referências ao Metaformose de Franz Kafka.

A violência não é apenas visual em Tokyo Ghoul, mas principalmente psicológico. Não bastasse ter que enfrentar as adversidades do mundo cruel em que é jogado, Kaneki tem de enfrentar o seu novo eu, cheio de novas vontades e questionando à que lugar pertence. 

A arte do autor é simples, mas ganha um bom destaque nas cenas de terror e nos poucos confrontos entre os personagens.

Tokyo Ghoul se mostra promissor e sabe onde quer chegar, se preocupando em 
mostrar o que é ser um ghoul, assim como integrar o protagonista ao submundo das criaturas. 


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